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10/08/2015

Como superar a sua cicatriz

Existem pessoas que não conseguem conviver com uma cicatriz e fazem de tudo para esconder! Você é uma dessas?

Se sua resposta for sim, saiba que para superar a sua marca - seja ela de apendicite, cesárea, acidente, queimadura ou joelho esfolado - você precisa aceitar que elas traduzem experiências que você viveu! Se for algo que te traz boas lembranças, por quê esconder? E se as lembranças não forem tão boas assim, pense no que essa marca te ensinou! Afinal de contas, de tudo tiramos um aprendizado, né?

“A primeira marca no corpo de um sujeito faz com que ele descubra que não é Deus, que não pode tudo. Uma cicatriz é a lembrança constante de que não somos perfeitos”. 


Moramos num país que prega a necessidade de um corpo perfeito pra exibir em biquínis minúsculos na praia, se você tem uma marca e consegue se dar bem com ela, sem pirar, sabe o que isso significa? Que você é cheia de personalidade e livre pra ser quem você é!

Eu trouxe 3 histórias de mulheres incríveis que vão fazer você olhar para sua cicatriz de um jeito diferente! Quer ver?

Carol Meirelles
A Carol operou o coração. Ela ganhou uma cicatriz exatamente onde tinha uma tatuagem do órgão, que depois da cirurgia, ficou partido. Uma metáfora, quem sabe?
Depois de passar 12 horas com o peito aberto, ela acordou na UTI e pediu um espelho pra ver se as duas partes da tatuagem estavam costuradas uniformemente.

“O melhor momento foi quando eu abri o olho na UTI e vi que estava viva”.
Ela sofre de febre reumática (uma doença autoimune nas válvulas cardíacas) e de dez em dez anos precisa abrir o peito para trocá-las. “Eles serram o seu externo, tiram o coração para fora, te ligam numa máquina, botam o coração de novo, te dão um choquinho e fecham seu peito”, explica. “A cicatriz é a parte mínima da cirurgia. A minha tem sua beleza e, junto com a tatuagem, fica uma arte bonita.”

No caso dela, a cicatriz é uma marca de sobrevivência estampada no peito.

 Curiosidade: A Carol já vendeu tudo o que tinha e foi para um festival de metal na Alemanha. Decidiu continuar na Europa e lá trabalhou como garçonete, faxineira e dançarina.

Arandi Didi
Quando Didi tinha 2 anos, seus pais se separaram e ela teve uma inflamação de um cisto na tireoide, bem no meio do pescoço. “Meu corpo somatizou. Meus pais se separando, e eu lá no meio, sentindo tudo”, diz. A inflamação virou ferida e o médico indicou uma cirurgia, mas a mãe dela preferiu compressas de ervas medicinais. A ferida foi curada, mas Didi ganhou uma cicatriz. “Quando era menina sentia vergonha. Passei a vida explicando o que é essa cicatriz no meu pescoço”.

“É claro que às vezes penso se a cicatriz pode atrapalhar meu trabalho. Mas nem lembro mais que ela existe, virou uma espécie de tatuagem”.

Ela associa outras manifestações de seu corpo a problemas emocionais. Aos 9 anos, em meio a um vai e volta dos pais, o vitiligo (perda de pigmentação) surgiu em seu quadril. Quinze anos depois, vivendo um relacionamento complicado, as manchas apareceram novamente. “O corpo responde aos estados emocionais, como uma válvula de escape. Cada indivíduo somatiza de um jeito”.
Isabelli Fontana
Aos 9 anos a modelo Isabelli Fontana levou um SOCO do menino por quem era apaixonada. Oi?

É isso mesmo! O soco era para acertar um de seus irmãos, mas pegou em sua barriga, o que causou uma apendicite. Mas a cicatriz da retirada do apêndice não é a única marca, ela também tem uma no joelho, duas no braço e uma no queixo. A do braço veio numa queda da bicicleta que pilotava em Curitiba. “Era uma menina maloqueira, queria adrenalina. Era uma menina moleque”.

Ela nunca pensou em clarear as cicatrizes, porque as revistas sempre apagam - ao contrário do que aconteceu em 2008 quando posou para a Trip e pediu que a cicatriz ficasse lá.

“Minha família vive sugerindo que eu clareie as cicatrizes, mas elas são lembranças de coisas que aconteceram na minha vida. É como um diário. Se apagar, não tem graça”.

Marina Bandeira 
A fotógrafa Marina Bandeira foi fisgada por um cunho no começo do namoro com um navegador.

Em sua primeira visita à cidade de Paraty, o barco onde estavam foi atingido por uma lancha e ela, que estava fotografando a paisagem, caiu na água. Em alto-mar, ficou presa ao barco por um ferro que atravessou a sua pele na região do quadril. Com medo da hélice do motor, elatentava nadar para longe e não percebia que estava presa pela pele. Até que o namorado se deu conta, desenganchou o ferro de sua pele, a levou para um hospital e depois para a casa da futura sogra.

“Você tem certeza de que vai namorar esse moço?”, disse a mãe de Marina, depois de receber a filha com 27 pontos.

“A cicatriz faz parte da construção do ser humano e você só a supera quando reconhece a dor, o que viveu, e passa por cima dessa história”.

 Anos depois, ela diz que a cicatriz a remete a uma época feliz da vida, não só ao acidente.“O ser humano é formado por pequenas histórias de vida. Apagar uma cicatriz é como eliminar partes de um livro ou deixar páginas em branco”.



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8 comentários:

  1. Nossa, não sabia essa história da Isabelli Fontana, impressionante!! Realmente sempre tiram a cicatriz nos efeitos das fotos!!

    Beijoos, Love is Colorful

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    Respostas
    1. Incrível, né? Acho que não deveriam tirar...assim as pessoas não ficariam tão "noiadas" com as suas cicatrizes, porque querendo ou não essas modelos influenciam demais no modo como vemos nosso corpo! Triste...=(

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  2. Que post interessante!
    As cicatrizes que eu tenho são pequenas (de cirurgias e da catapora que eu tive quando criança) e eu nem penso em escondê-las, então não sei se me incomodaria ter uma cicatriz grande, mas acredito que eu iria considerar aquilo como uma parte da minha história e não ia ligar de mostrá-la.
    Mas conheço uma mulher que só usa calças e vestidos longos porque um acidente a deixou com cicatrizes nas pernas e ela não suporta a ideia de alguém ver.
    Espero que essas histórias do post ajudem alguém a superar suas cicatrizes!
    Beijo

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    1. Que bom que você não se priva de nada por causa das suas cicatrizes! Essa história que você contou é muito triste...essa mulher devia pensar que as cicatrizes são a marca da "nova vida" que ela ganhou ao sobreviver a um acidente! Mostra como ela é forte! Não deveria ser uma vergonha...
      Também esperamos que o post ajude as pessoas a superar!!
      Beijossss

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  3. Adorei todas as histórias. Fiquei pensando nas cicatrizes que tenho e concluo que são muito poucas. Deveria ter mais história para contar.

    Beijos

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    1. Uma vez vi um episódio de Greys Anatomy que um personagem vivia pedindo pros amigos atirarem nele, só porque ele adorava ter cicatrizes! A beleza está nos olhos de quem vê, né? Que bom que você consegue falar com essa naturalidade das suas! <3

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  4. Dani (s). Que blog lindo esse aqui! E que post lindo ♥♥♥ Não sabia da história de Isabeli <3 <3 Eu tenho uma super cicatriz no queixo. (Super não, mas pra mim é super kkkkk) Eu sempre fico agoniada se alguém pega :~~~ #mimimi

    Beijos ♥

    eurenata.com

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    Respostas
    1. Eu tenho uma no pé que também me dá muita agonia quando alguém encosta! HAHAHA acho que isso é normal, né? Espero que sim.... :x
      Obrigada pelos elogios Rê, volta sempre aqui, viu? <3

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